quinta-feira, 13 de março de 2014

Alagoas pretende criar força-tarefa para combater assaltos a bancos

Reunião discutiu formas para diminuir casos de assaltos a bancos.Secretário da Defesa Social diz que 'é preciso dá um basta nessa situação'.



Alagoas vai contar com uma força-tarefa para combater os constantes assaltos a agências bancárias em todo o estado. A definição saiu após uma reunião entre a Secretaria da Defesa Social, Polícia Federal, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar (PM), no Palácio do Governo, localizado no centro de Maceió, na tarde desta quarta-feira (12).
Segundo o Sindicato dos Bancários, nos primeiros dois meses deste ano foram registrados 19 assaltos a agências bancárias no estado, 16 a mais que no mesmo período do ano passado.

O secretário Eduardo Tavares reitera a preocupação com os constantes assaltos a bancos e cobra das empresas mais segurança. "O grande prejuízo desses assaltos é da instituição, mas nós temos que proteger a vida de quem vive perto das agências, clientes e funcionários. Ninguém aguenta mais tanto assalto. Se é necessário abrir tantas agências no estado, que haja maior segurança" afirma.

O secretário diz ainda que gostaria que existisse uma parceria com as empresas como, por exemplo, informar os dias de abastecimentos dos caixas. "Sabemos que quadrilhas dos estados de Sergipe e Pernambuco e do interior do estado de Alagoas agem, principalmente, após os caixas serem carregados", diz ao reforçar que o estado conta com 12 homens no Serviço de Inteligência e conta ainda com o apoio do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual de Alagoas para investigar e coibir esse tipo de crime.

Eduardo Tavares, que preside o Conselho de Segurança Pública do Nordeste, diz que esse tema é uma preocupação de toda região. "Não vamos mais permitir esses assaltos e, se for necessário, vamos acionar os bancos para que eles coloquem tapumes e fortaleçam a segurança. É preciso dá um basta nessa situação", afirma o secretário.
O superintendente da Polícia Federal, Omar Haj Mussi, diz que o dinheiro roubado de caixas eletrônicos de bancos é, na maioria das vezes, para a compra de armas e para planejar roubos maiores. "Nós vamos participar da força-tarefa para combater esse tipo de crime e, inclusive, o nosso chefe de inteligência fará contato com a equipe do estado para trabalhar em conjunto", afirma o superintendente.

A delegada Ana Luiza questionou que apenas o Banco do Brasil avisa à polícia imediatamente quando ocorre um assalto e cobra a mesma postura da Caixa Econômica Federal (CEF), única que enviou um representante para a reunião. Entretanto, a gerente de filiais da CEF, Talise Castro Teixeira, diz que a Caixa conseguiu evitar 2/3 das ocorrências após a contratação de uma central de monitoramento que funciona 24 horas.
"Quando percebemos algo errado, acionamos a Polícia Militar, mas não podemos acioná-la a cada alarme disparado porque sabemos do baixo efetivo da PM. Sobre os assaltos, sempre comunicamos à polícia", denfendeu.

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