sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Aécio diz que denúncias devem ser investigadas e responsáveis punidos independentemente de filiações partidárias

Aécio diz que denúncias devem ser investigadas e responsáveis punidos independentemente de filiações partidárias

Candidato esteve em Campo Grande (MS) nesta terça-feira


O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, afirmou, nesta terça-feira (21/10), que todas as denúncias envolvendo a Operação Lava-Jato devem ser investigas a fundo. Aécio acrescentou que os responsáveis, independentemente dos vínculos partidários, devem responder por seus crimes. Ele condenou também as ações do PT que transformam acusados em heróis.

“Se houver a comprovação de culpa – seja do PSDB, seja de qualquer partido, seja sem partido – tem que responder, tem que ser julgado e punido. Essa é a questão essencial. E aí, o partido toma as providências”, afirmou Aécio durante ato político em Campo Grande (MS), que contou com as presenças do candidato ao governo do Mato Grosso do Sul pelo PSDB, Reinaldo Azambuja, e políticos da região.

Ao ser questionado sobre o depoimento de Leonardo Meirelles, suposto laranja de Alberto Youssef que teria apontado a participação de outros parlamentares tucanos no esquema do doleiro, além do ex-presidente Sérgio Guerra, Aécio reiterou que devem ser feitas investigações profundas.

“Minha posição é muito clara: tudo tem que ser investigado. Para mim, não tem isso de filiação partidária. Toda investigação tem que ocorrer a fundo”, afirmou Aécio, lembrando que o PT tentou impedir a instauração da CPMI da Petrobras. “Nós não trataremos, como o PT, como heróis nacionais, como o caso daqueles que foram condenados pelo mensalão. Cada um é responsável pelos seus atos.”

“Isso (tratar condenados como heróis) deseduca os brasileiros e essa é mais uma face cruel deste governo do PT. [O PT] transforma punidos, pessoas que cometeram delitos, em pessoas homenageadas. No nosso governo isso não vai acontecer”, disse ele.

Crise hídrica

Aécio reiterou que faltou apoio ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para impedir o agravamento da crise hídrica no Estado.

Alckmin adotou a concessão de bônus para quem economiza água. O bônus vale para a região metropolitana de São Paulo e alguns municípios para quem economizar 20% na conta de água, recebendo 30% de desconto no valor final.

Aécio questionou novamente a existência de aparelhamento político na Agência Nacional de Águas (ANA), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, que se destina a executar ações relativas aos recursos hídricos do país.

“Infelizmente, se o governador de São Paulo tivesse tido uma parceria maior com o governo federal nessa questão, se a ANA [Agência Nacional de Águas] não estivesse gastando seu tempo com seu diretor preferindo fazer negócios, ao invés de cuidar da crise hídrica, os resultados poderiam ter sido melhores para São Paulo”, afirmou o candidato.

Em seguida, Aécio acrescentou: “Infelizmente, o aparelhamento das agências reguladoras é outra marca perversa neste governo do PT”.

Pesquisas de opinião

Questionado sobre o resultado da última pesquisa Datafolha - que mostra empate técnico entre ele (48%) e a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (52%) –, Aécio ponderou que, nesta eleição, houve muita divergência entre os dados dos institutos de pesquisa e o resultado das urnas.

Aécio lembrou que, no primeiro turno, as pesquisas de opinião o colocavam em terceiro lugar ao longo da disputa eleitoral. "Os institutos de pesquisa estão devendo explicações. Desde o primeiro turno os erros foram grosseiros, absolutamente grosseiros em toda a parte", afirmou.

O candidato acrescentou ainda que várias pesquisas internas apontam vantagem dele sobre sua adversária. "Se eu me abalasse com pesquisas, certamente não teria tido o resultado que tive no primeiro turno. Eu acho que, na verdade, os institutos de pesquisa estão devendo aos brasileiros, explicações."

Aécio criticou ainda a campanha de desconstrução executada pelo PT. “Realmente, a campanha do PT é a campanha da desconstrução. O PT não tem como discutir o presente nem apresentar uma proposta de futuro para o Brasil. Então, o caminho deles é comparar o passado e tentar fazer aquilo que fizeram com Eduardo Campos, depois tentaram fazer com Marina Silva, agora tentam fazer comigo”, afirmou.

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