segunda-feira, 28 de julho de 2014

Caos na educação prejudicou mais de 80 mil alunos em Maceió, diz MP-AL


Relatório está publicado na edição desta sexta-feira (25) no Diário Oficial do Estado
De acordo com um relatório publicado no Diário Oficial do Estado, a 19ª Promotoria de Justiça da Capital do Ministério Público do Estado (MP-AL), mais de 80 mil alunos da rede pública estadual em Maceió foram prejudicados pelo ensino precário oferecido em 2013. Esse número é o resultado de inspeções realizadas nas unidades de ensino da capital entre março e maio deste ano. A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE) afirmou que fará um levantamento de informações e se posicionará ainda hoje sobre o caso.
Segundo o levantamento, 81.563 dos 83.413 alunos foram prejudicados devido à falta, não funcionamento ou funcionamento insuficiente de equipamento didático e 36% das escolas apresentam mobiliário insuficiente ou inadequado.
Dentre as escolas do Estado, na capital, 82,2% não cumpriram a legislação nacional, prejudicando assim 71.685 alunos. "São problemas como a não conclusão do ano letivo dentro do exercício civil, a não oferta de maneira contínua de todas as disciplinas obrigatórias exigidas pela LDB [Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional]”, explica Cecília Carnaúba, promotora.
Ainda segundo o relatório, 95,2% das escolas apresentaram graves problemas estruturais após as reformas emergenciais, sendo que quatro delas nem chegaram a iniciar o ano letivo de 2013 devido às obras, o que prejudicou 2.575 alunos.
Em média, 34,5% das escolas começaram o ano letivo em maio e apenas 70% delas concluíram o ano letivo em 2014. Ainda segundo a promotora Cecília, mais da metade dos equipamentos didáticos existentes não funcionam, outras 15% não possuem material algum e 30% das escolas não ofertaram as disciplinas obrigatórias.

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