segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Direitos dos trabalhadores ameaçados por Marina

Direitos dos trabalhadores ameaçados por Marina

Presidente da Força Sindical alerta para programa de governo da candidata


O programa de governo da candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, abre a possibilidade de acabar com direitos de trabalhadores e estimular a precarização do mercado de trabalho. É o que alerta o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, uma das principais centrais de trabalhadores do Brasil.
O documento pode levar à terceirização de postos de trabalho em todos os níveis, acabando com a possibilidade de usar funcionários terceirizados apenas em situações específicas. Isso mostra mais uma contradição entre o que está escrito no documento e o que promete a ex-petista Marina Silva.
"A Marina vem a público e diz que não vai mexer nos direitos dos trabalhadores, mas quando se olha no programa, ela abre a possibilidade de acabar com os direitos porque permite a tercerização geral, que é um dos maiores problemas dos trabalhadores. Os terceirizados têm benefícios diminuídos”, afirma o presidente da Força Sindical, Miguel Torres. “É uma incoerência dela ou ela não leu o próprio programa", acrescentou.
Atualmente, a legislação não permite a terceirização das atividades-fim das empresas, apenas das atividades-meio. Ou seja, uma fábrica que produz calçados, por exemplo, pode terceirizar os serviços de limpeza e segurança, mas não a própria produção de calçados. O programa de governo de Marina Silva, entretanto, abre brecha para atividades relacionadas ao dia a dia da produção sejam terceirizadas.
“Daqui a pouco vamos ver a ferramentaria, a estamparia, a engenharia, vai poder tudo”, alertou o presidente da Força.
Discurso adaptado
Marina, que militou dentro do PT por mais de duas décadas e tem mais tempo de PT do que a própria presidente Dilma Rousseff, tem adaptado o discurso e as promessas nesta eleição para tentar se eleger ao Palácio do Planalto. 
Além disso, o próprio programa de governo da candidata já foi alvo de diversas polêmicas. O documento contém plágios do segundo Plano Nacional de Direitos Humanos, apresentado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. 
O programa de governo de Marina também possui cópias de artigo de um professor da Universidade de São Paulo, publicado na edição número 89 da Revista da USP, em 2011.

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