sábado, 6 de setembro de 2014

Brasil é refém da maior taxa de juros do mundo, diz Aécio sobre Copom

O Brasil está preso numa armadilha de baixo crescimento e inflação elevada. Mas não apenas: também nos tornamos reféns da mais alta taxa de juros do mundo, como confirmado hoje pela decisão do Copom que manteve a Selic em 11% ao ano.
 
Trata-se de mistura indigesta, que impede o país de voltar a crescer e gerar melhores condições de vida para sua população.
 
A taxa básica de juros continua mais alta do que quando a presidente Dilma Rousseff assumiu o cargo, em janeiro de 2011. Pior: desde fins do ano passado, voltamos a liderar o nada honroso ranking mundial de juros reais. Desde então, a cada decisão do Copom nos distanciamos das demais economias.
 
A política monetária atual revela os estreitos limites do voluntarismo inerente a várias medidas tomadas pela atual gestão. Em 30 de abril de 2012, a presidente foi à TV prometer a redução dos juros. Baixá-los a 2% ao ano em termos reais era um de seus principais compromissos desde a campanha eleitoral.
 
Hoje, em quaisquer linhas de crédito que se observe, as taxas já retornaram aos patamares vigentes no início do atual governo.
 
É mais uma demonstração de que, ao contrário do que parece crer a presidente da República, problemas não são resolvidos no improviso. Foi a alta da inflação, estimulada pelo governo, que obrigou o Banco Central a subir os juros. Enquanto for assim, difícil será reduzi-los.
 
Baixar os juros abusivos praticados no Brasil é obrigação de um governo responsável e realmente comprometido com a melhoria das condições de vida no país. Mas não é algo que se obtenha na marra.
 
A única maneira de fazê-lo de maneira permanente é: (i) ser transparente e cuidar das contas públicas sem truques; (ii) economizar o suficiente para reduzir tanto a dívida bruta quanto a líquida de forma consistente; e (iii) cumprir rigorosamente a meta para a inflação, sem manipulações.
 
É tudo que o governo do PT não faz. O preço, pagamos na forma de crescimento medíocre, inflação persistentemente alta e juros nas alturas.

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